Ter a embriaguez da grande coragem
de sonhar tanto tempo sobre o dorso do tigre,
rédeas soltas ao vento,
galope nas trevas.
E saber despertar
frente ao hálito quente,
se ferido e raivoso,
num golpe de vista,
o animal te encara
e se detém, bem devagar.
Destrava as travas do tempo
que outrora trancaras com engenho.
E na roda do eterno retorno,
faz-se o tempo da infância da alma,
ainda mais uma e outra vez.
~Karen B.