segunda-feira, 18 de julho de 2011
Incêndios
Céu em chamas e vinho no domingo santo...
e num segundo de descuido, portas abertas,
a grande fome ancestral de ventania,
lambe toda construção com bárbara fúria.
E feito palha, a cidade, o forte e o império,
erguidos sob o frágil solo de feno,
no celeiro, do animal-fera, dormindo seu sono de lebre,
desperta o dragão e seu destino...
de destruir, de consumir, de sucumbir,
de dar passagem...
Sim, o ser-dragão,
leão-alado, fôra guardião,
do bode com cauda de peixe,
cabra montanhesa hibernante.
E dos rios, nascentes, águas frias dos cumes,
de onde submersa busca o oxigênio, sôfrega, das mesmas águas,
pra que se parisse um filho seu
e de Zaratustra ,
que desce das montanhas,
fazendo música,
de seu tropel de cascos afiados...
Seja benvindo, Capricórnio...
já era tempo de tomar seu trono,
seu devir-animal e seu reinado.
Karenina Portugal
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