quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Esculpir palavra
meu nome é desejos
meu endereço são partes
me encontre nos rastros
me beba voragens
o minarete é ponte
a náusea é parte
o verbo é desmedida
a ciência é aragem
perdi-me por ser continente sem fronteiras
fazendo guerra pra dar-me algum império
vou cortar-me na carne das palavras mal-ditas
e esculpir-me na forma possível de me pertenser
o cansaço do tecido que se esgarça
vou cerzir com mãos inabaláveis
o vestido de baile que ainda vai ser meu
a fantasia e a máscara urdidos com arte
não usarei roupa velha ou herdada
não comprarei roupa nova no shopping
vou usar retalhos, pedaços e partes
viradas do avesso, verdadeira face
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