domingo, 1 de abril de 2012

A GRANDE LUTA



O amor sobrevive quando morre...
e renasce,
mais uma e outra vez,
... diverso, desconhecido, surpeendente,
como minha pele que descama
e amanhã será outra,
deixando antigas roupas pelo caminho.

O amor acaba quando definha...
e desaparece,
sem que ninguém perceba
que já não estava ali.
Amor-mendigo,
amor-velho,
amor-doente.

O amor é luta...
não é para amadores,
mas sim guerreiros,
que arriscam tudo,
que não vacilam.
Os fortes,
que avaçam na frente da batalha,
sangrando a pior ferida.
Os fortes, os nobres, os verazes,
os verdadeiros .
Guerreiros de sangue frio
e coração quente.

Quem quiser que se prepare,
armado de coragem
e sô.
Despido de tudo que sabe,
ouviu, viu, aprendeu.
Nu,
o vento a contrapelo,
e o enorme arrepio,
das noites que precedem e metem medo,
antes de mais um,
e outro dia quente,
ao calor do sol.

O amor é guerra,
tem batalhas,
tem início, meio e fim,
e só termina quando temina a luta.

O amor é glória,
não é paz.

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