domingo, 1 de abril de 2012

UM CERTO CLIQUE


O mar é infinito
mas já não há olhos para olhá-lo.
O sol de um calor profundo,
... e onde corpos pra desfrutá-lo.
O céu criando bichos tão divertidos,
mas e os sorrisos que já não se abrem?

A paisagem parece igual,
tudo está no mesmo lugar.
Mas nesse teatro
que não se repete,
os atores estavam ausentes.

Até mesmo a objetiva,
que ousou capturar o instante,
se traiu, tão desobjetiva...

Ai, o devir soberano,
que não aprisiona,
nem liberta,
mas roda em círculos,
e para, às vezes,
pra que no impulso,
possamos saltar.

Saltar do enquadramento
é tarefa que parece complicada,
mas talvez seja apenas
esquisita...

Quem sabe se não precisa,
de um pequeno rodopio,
e tonto o fotógrafo,
reenquadre o horizonte
que desconhecia.

Movimento, giro, pulo,
salto, fé, alegria.

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